Quando outubro chega, a cor rosa ganha um significado especial. Afinal, é a cor escolhida para representar o mês da conscientização do câncer de mama.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (2018), o câncer de mama é o segundo tipo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para os casos de pele não melanoma. Além disso, é o quinto maior causador de morte por câncer em geral e o principal causador de morte por câncer entre o público feminino.
Tratando-se de uma doença que atinge tantas pessoas, é comum nos lembrarmos de alguém que tenha recebido o diagnóstico, seja em nossa família, no trabalho, no grupo de amigos ou de conhecidos. Talvez você mesma tenha passado ou esteja passando por tal situação.
Dar ênfase à prevenção e ao diagnóstico precoce da doença é indiscutivelmente necessário. No entanto, em um País onde muitas mulheres recebem a notícia anualmente, se torna essencial falar sobre os aspectos psicológicos que permeiam a vida daquelas que convivem com a patologia e precisam lidar com as consequências do adoecimento.
Apesar de ser uma experiência vivenciada de maneira singular por cada uma, costuma despertar sentimentos de raiva e de medo nas pacientes. A pessoa diagnosticada e seus familiares podem passar por períodos de sofrimento, angústia e ansiedade.
Ademais, o impacto emocional causado pela patologia possui características particulares, na medida em que é capaz de comprometer o reconhecimento da própria identidade da mulher, dado que em nossa sociedade a mama é um forte símbolo feminino.
Por motivos como os descritos acima, é importante que, quando desejar, a paciente busque auxílio psicológico, seja por meio de acompanhamento individual ou de grupos de ajuda mútua – espaços criados por profissionais de saúde ou pelas próprias pacientes, onde pessoas que receberam diagnósticos semelhantes possuem a oportunidade de se conhecer e compartilhar experiências.
Tão importante quanto pensar sobre o caminho a ser percorrido, é pensar sobre o modo como desejamos percorrê-lo. Quando falamos sobre o câncer de mama, estamos falando sobre a luta de milhares de pacientes e famílias, condição que nos indica que ele não precisa ser trilhado sozinho!
Por:Caroline Lavecchia Silva