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ANSIEDADE: O QUE É, SEUS SINTOMAS E QUAL O TRATAMENTO

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06/05/2023

PROVAVELMENTE, o seu filho precisa de ajuda e você nem sabe, venha conhecer


Recentemente, os Jornais tem exibido reportagens sobre uma questão muito atual e preocupante: a saúde mental dos adolescentes.
As estatísticas apontam números assustadores. De acordo com Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 10 a 20% dos adolescentes em todo mundo apresentam algum tipo de transtorno mental.
Transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno bipolar, ansiedade, depressão, déficit de atenção, hiperatividade, transtornos alimentares, bulimia e anorexia são os mais comuns.
Ainda segundo dados da OPAS, o suicídio está entre as principais causas de morte de adolescentes entre 15 e 19 anos.

Fatores de riscos e sintomas

De acordo com o Manual MSD –  que reúne informações médicas usadas em todo mundo, assim como os adultos, “crianças e adolescentes têm temperamento variável. Alguns são tímidos e reticentes; outros são socialmente exuberantes. Alguns são metódicos e cautelosos; outros são impulsivos e descuidados. Pode-se notar se uma criança tem o comportamento típico de uma criança ou se tem um distúrbio pela presença de debilidades relacionadas com os sintomas. Por exemplo, uma menina de 12 anos pode estar receosa com a expectativa de apresentar um trabalho escolar para sua classe. Esse receio só pode ser visto como um transtorno de ansiedade social se seus medos são graves o bastante para causar aflição e evitação significativas”.

Contudo, existem muitos fatores que podem contribuir para que o adolescente desenvolva algum tipo de transtorno mental.   Ambiente familiar conturbado, pais ausentes, perda de um ente querido, violência doméstica, abuso sexual, bullying, discriminação e excesso de uso de tecnologias –  que causa isolamento e solidão – são alguns deles.

Por isso, é importante saber identificar os sintomas apresentados por um adolescente portador de algum tipo de transtorno mental. Conheça alguns deles:

Tristeza frequente

Desinteresse pelas atividades cotidianas

Fadiga

Alteração de sono

Irritabilidade

Medo irracional

Sensação de agitação

Pensamentos negativos constantes

Isolamento

Automutilação 


O que fazer quando um aluno está se automutilando?

A instituição precisa estar atenta aos possíveis sinais – como blusas de frio em altas temperaturas, isolamento, sintomas de baixa auto-estima ou depressão, uma vez identificado um caso, chamar aluno e responsáveis para conversar. “Muitas vezes, os familiares acabam não percebendo isso dentro de casa, o que pode acabar agravando o quadro na medida em que o tempo passa. Muitos acham que usar roupas de mangas longas, se isolar, ou ficar deprimido é ‘coisa de adolescente’ ou ‘modinha’, mas não é”.

Na hora de conversa com o estudante que se automutila, é necessário ter uma atitude acolhedora, sem julgamentos, se mostrar disposto a ouvi-lo e tentar entender. “Às vezes, o sofrimento está associado à uma dificuldade dele na escola, como não conseguir passar de ano, e uma conversa franca pode diminuir a tensão”. A atitude acolhedora também vale para os pais que, geralmente, não sabem como reagir à situação.

A escola/família também pode sugerir que o jovem seja encaminhado a um especialista - psicólogo ou psiquiatra - para análise do caso e, se necessário, iniciar um tratamento até que o quadro seja estabilizado.

A escola deve trabalhar o tema, mesmo sem identificar um caso de automutilação?

Sim. A abordagem na escola tem que começar antes do problema. “Muitos dos adolescentes que eu recebo no ambulatório sofreram bullying por muito tempo. Por isso, é fundamental realizar um trabalho antibullying e atividades que melhorem a autoestima, desenvolvendo habilidades para expor ideias e lidar com as diversidades e adversidades". Essas atividades melhoram a capacidade de expressão e o sentimento de pertencimento dos estudantes durante essa fase da vida.



Se prescisar de ajuda, busque. A ajuda ajuda de um profissional especializado é importante.