O que é síndrome de burnout?
Como “fugir” da síndrome de burnout e ser mais feliz no trabalho
A síndrome passou a ser considerada doença de trabalho este ano. Neste janeiro branco, veja recomendações para evitar o estresse crônico.
A máxima “trabalhe enquanto eles dormem” serviu para guiar profissionais à dedicação extrema mas, agora, tudo indica que é hora de rever conceitos. Especialistas em saúde mental reforçam a importância de seguir na contramão da proposta, e colocar o bem-estar em primeiro lugar na lista de prioridades, inclusive quando o assunto é a vida profissional.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o burnout como uma síndrome resultante do estresse crônico no local de trabalho, que não foi administrado com sucesso. O quadro é resultado de uma exposição contínua a condições de trabalho desgastantes.
A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com serviços de saúde, entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.
“Não é algo que surge após um ou outro dia de trabalho difícil. É um quadro que vem de uma rotina constante de estresse ao longo da vida profissional”.
Ela se apresenta em três dimensões interdependentes, e por isso, se caracteriza como uma doença multifatorial. São elas: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal.
Como identificá-la?
Em decorrência desses três fatores, o profissional começa a sentir-se sobrecarregado e exaurido de seus recursos físicos e emocionais, levando ao esgotamento de energia para investir em situações que se apresentam no trabalho.
“Na medida em que a exaustão emocional se agrava, a despersonalização ou cinismo pode ocorrer, os quais são caracterizados por uma postura distante ou indiferente do indivíduo em relação ao trabalho e aos colegas".
Além disso, o paciente tende a avaliar-se negativamente em relação às suas competências e produtividade no trabalho, o que pode acarretar na diminuição da autoestima.
Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Sintomas do burnout
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como:
Ausências no trabalho;
Agressividade;
Isolamento;
Mudanças bruscas de humor;
Irritabilidade;
Dificuldade de concentração;
Lapsos de memória;
Ansiedade;
Depressão;
Pessimismo;
Baixa autoestima.
Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome
Diagnóstico de burnout
O diagnóstico é basicamente clínico e leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.
Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam a estabelecer o diagnóstico.
Tratamento do burnout
O tratamento da síndrome de burnout inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados para ajudar a controlar os sintomas.
Dicas de especialistas para fugir do burnout
Tudo começa por manter uma rotina saudável — com alimentação balanceada e prática de atividade física.
Além dos cuidados básicos ligados ao bem-estar, as profissionais recomendam um melhor gerenciamento do tempo, alimentação e descanso adequados, atividade física regular, prezar por uma convivência menos estressante no ambiente de trabalho, respeito ao horário de lazer e saber impor limites.
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