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ANSIEDADE: O QUE É, SEUS SINTOMAS E QUAL O TRATAMENTO

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22/11/2018

Atenção Machos! Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem

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A Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH) tem como diretriz promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios.
Para atingir o seu objetivo geral, que é ampliar e melhorar o acesso da população masculina adulta – 20 a 59 anos – do Brasil aos serviços de saúde, a Política Nacional de Saúde do Homem é desenvolvida a partir de cinco (05) eixos temáticos:
Acesso e Acolhimento: objetiva reorganizar as ações de saúde, através de uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços reconheçam os homens como sujeitos que necessitam de cuidados.

Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva: busca sensibilizar gestores(as), profissionais de saúde e a população em geral para reconhecer os homens como sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos, os envolvendo nas ações voltadas a esse fim e implementando estratégias para aproximá-los desta temática.

Paternidade e Cuidado: objetiva sensibilizar gestores (as), profissionais de saúde e a população em geral sobre os benefícios do envolvimento ativo dos homens com em todas as fases da gestação e nas ações de cuidado com seus (uas) filhos (as), destacando como esta participação pode trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis entre crianças, homens e suas (eus) parceiras(os).

Doenças prevalentes na população masculina: busca fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde dos homens, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde.

Prevenção de Violências e Acidentes: visa propor e/ou desenvolver ações que chamem atenção para a grave e contundente relação entre a população masculina e as violências (em especial a violência urbana) e acidentes, sensibilizando a população em geral e os profissionais de saúde sobre o tema.

Neste ano, a campanha está com um foco mais amplo, com objetivo de falar sobre a saúde do homem de forma geral, através do slogan “De Novembro a Novembro: Movimento Permanente pela Saúde Integral do Homem”. Orientando sobre o câncer de próstata e a saúde de forma geral.

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12/10/2018

Outubro Rosa: E a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama


Quando outubro chega, a cor rosa ganha um significado especial. Afinal, é a cor escolhida para representar o mês da conscientização do câncer de mama.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (2018), o câncer de mama é o segundo tipo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para os casos de pele não melanoma. Além disso, é o quinto maior causador de morte por câncer em geral e o principal causador de morte por câncer entre o público feminino.



Tratando-se de uma doença que atinge tantas pessoas, é comum nos lembrarmos de alguém que tenha recebido o diagnóstico, seja em nossa família, no trabalho, no grupo de amigos ou de conhecidos. Talvez você mesma tenha passado ou esteja passando por tal situação.
Dar ênfase à prevenção e ao diagnóstico precoce da doença é indiscutivelmente necessário. No entanto, em um País onde muitas mulheres recebem a notícia anualmente, se torna essencial falar sobre os aspectos psicológicos que permeiam a vida daquelas que convivem com a patologia e precisam lidar com as consequências do adoecimento.
Apesar de ser uma experiência vivenciada de maneira singular por cada uma, costuma despertar sentimentos de raiva e de medo nas pacientes. A pessoa diagnosticada e seus familiares podem passar por períodos de sofrimento, angústia e ansiedade.
Ademais, o impacto emocional causado pela patologia possui características particulares, na medida em que é capaz de comprometer o reconhecimento da própria identidade da mulher, dado que em nossa sociedade a mama é um forte símbolo feminino.
Por motivos como os descritos acima, é importante que, quando desejar, a paciente busque auxílio psicológico, seja por meio de acompanhamento individual ou de grupos de ajuda mútua – espaços criados por profissionais de saúde ou pelas próprias pacientes, onde pessoas que receberam diagnósticos semelhantes possuem a oportunidade de se conhecer e compartilhar experiências.
Tão importante quanto pensar sobre o caminho a ser percorrido, é pensar sobre o modo como desejamos percorrê-lo. Quando falamos sobre o câncer de mama, estamos falando sobre a luta de milhares de pacientes e famílias, condição que nos indica que ele não precisa ser trilhado sozinho!

Por:Caroline Lavecchia Silva

05/10/2018

RODA DE CONVERSA



Em parceria com o CETEP - Centro Técnico De Educação Profissional de Ipiaú - Bahia os Psicólogos Grisiela, Rita Jánuario, Eva Rocha, Jhéssica Lopes e Matheus Silva participam com o projeto Multifacespsi, estará construindo pontes entre a Psicologia e  a Educação.  Nosso encontro será no CETEP, na coordenação da Prof.a. Mariana e alunos. Acontecerá no dia 06/10/2018 as 8h 30 da manhã.



Fonte: Blogger multifaces psi 

04/10/2018

Proposta estabelece presença obrigatória de psicólogo em escolas brasileiras

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A proposta de tornar obrigatória a presença de psicólogos em ambientes escolares SUG 21/2018 tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), onde é relatada pela senadora Regina Sousa (PT-PI).
A ideia foi proposta  pelo psicólogo Vitor Tadeu Epiphanio, de São Paulo, ao portal e-Cidadania do Senado. Em pouco mais de um mês, já contava com 20 mil votos favoráveis de internautas, quantidade necessária para se tornar uma sugestão legislativa e ser analisada pela Casa.
Epiphanio afirma que a psicologia pode contribuir com a educação em seus mais diversos níveis, tanto na prevenção e tratamento de questões envolvidas no processo de ensino-aprendizagem, quanto nas questões relacionadas à convivência e ao desenvolvimento no ambiente escolar.
“Com a presença de profissionais da psicologia nas escolas públicas será possível trabalhar questões sociais e emocionais que afetam diretamente o processo de aprendizagem e de convívio escolar, fator esse relacionado diretamente com a violência social e o desenvolvimento social”, justifica.
Se for aprovada na CDH, a proposta passará a tramitar como projeto de lei. A sugestão também está disponível para votação na Consulta Pública do e-Cidadania. Além de opinar sobre os projetos em tramitação na Casa e as ideias propostas no portal, qualquer cidadão pode enviar uma ideia legislativa ao site, como fez Epiphano.
Debate antigo
A presença de psicólogos no ambiente escolar já é tema de projetos lei em tramitação na Casa. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 76/2011 determina tanto o acompanhamento dos alunos por psicólogos, quanto dos professores. O texto original, de 2006, é da deputada licenciada Raquel Teixeira e já foi aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
A proposta tramitava em conjunto com o PLS 557/2013, texto oriundo do Projeto Jovem Senador, que também previa o atendimento psicológico ou psicopedagógico para estudantes e profissionais da educação. Na CE, a relatora, senadora Marta Suplicy (MDB-SP), votou pela prejudicialidade da matéria em favor da tramitação do projeto da Câmara, aprovado na forma de um substitutivo na comissão.
O texto de Marta define que a oferta de apoio e acompanhamento psicológico será feita de forma individual ou coletiva e deverá ser prestada por um profissional de psicologia habilitado ou por uma equipe multidisciplinar com pelo menos um psicólogo.
A proposta chegou a ficar pronta para a deliberação em Plenário, mas foi encaminhada para a análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), por requerimento do senador Romero Jucá (MDB-RR). Na CAE, o projeto é relatado pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que ainda não apresentou seu relatório.
Caso seja aprovado na CAE e não houver recurso para votação em Plenário, o texto retornará a Câmara dos Deputados, pois passou por modificações no Senado.

Fonte: Senado Federal.

30/09/2018

Comportamento Infantil: Porque é que as crianças fazem birras?

A explicação estará, muito provavelmente, no desenvolvimento incompleto do cérebro humano quando nascemos.

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O comportamento que deixa qualquer pai ou mãe com os cabelos em pé. No caso do avô ou da avó, há sempre uma espécie de amnistia para os gritos e choros aparentemente sem motivo, para aquelas vezes em que se atiram para o chão aos berros na rua ou num corredor de supermercado. Às vezes, simplesmente porque sim.
Alguma vez parou para pensar porquê que isto acontece? A explicação estará, muito provavelmente, no desenvolvimento incompleto do cérebro humano quando nascemos. Que, tudo indica, é exatamente a mesma razão pela qual a adolescência é vulgarmente considerada a idade da parvoíce. E a infância é o primeiro teste da adolescência para os pais.

1. Qual é a idade da birra?
Em uma enquete realizada no site Crescer, 63% dos 158 participantes afirmaram que os filhos fizeram mais birra entre 2 e 4 anos. É nessa idade que as crianças testam os limites dos pais e diante da frustração de um NÃO, choram, esperneiam, gritam, se jogam no chão. Tudo isso porque não aprenderam a lidar com essa sensação. Mas ela pode começar já aos 6 meses e só terminar aos 8! Muito depende do tipo de criação que a família vai dar e outro tanto da personalidade da criança. Caso seu filho ultrapasse os 6 anos ainda tendo ataques de birra constantes, é melhor procurar a ajuda de um especialista. Pode ser que ele esteja sofrendo com algum problema ou acontecimento recente. Mudança de casa, de escola, a morte de um parente querido ou de animal de estimação, a separação dos pais e até mesmo a falta de diálogo em casa podem atrasar o desenvolvimento da criança. Essa é uma das formas de ele pedir socorro.

O neocórtex, que é a última região a desenvolver-se, corresponde a 76% do cérebro humano. Tem mais ou menos 20 mil milhões de neurônios que controlam a parte da reflexão, do planeamento, da imaginação, do pensamento analítico e da resolução de problemas e conflitos.

Por mais que nos custem aquelas cenas de teatro a que as nossas crianças, por vezes, nos sujeitam, a verdade é que elas não fazem todo aquele número de circo, simplesmente porque querem. A ciência lá encontra uma explicação para estes comportamentos indesejados.

2. Por que ela acontece?
Isso acontece porque as crianças ainda não têm maturidade suficiente para lidar com uma determinada frustração e acabam explodindo. Essa explosão vem em forma de choro incontrolável, gritos e aquela movimentação intensa difícil de conter. Na verdade, em algumas situações, as crianças estão testando o limite dos pais para descobrir até onde podem chegar. Outras vezes, a birra é apenas um pedido de ajuda inconsciente para lidar com um sentimento novo que é a frustração.
Uma equipa de cientistas do departamento de psicologia da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveu um estudo que sugere que o comportamento dos filhos piora 800% na presença da mãe. A degradação pode crescer para os 1600%, se a criança tiver menos de 10 anos.
Esta investigação acompanhou 500 famílias e verificou este quadro: 99,9% das crianças que brincavam tranquilamente quando estavam sozinhas, apresentavam 100% de hipóteses de chorar quando a mãe aparecia.

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Um comportamento verificado até nas crianças com deficiência visual, uma vez que bastava ouvirem a voz da mãe para percecionarem a presença.

Então, e porquê? Bem, aí os cientistas não chegaram propriamente a uma conclusão. Mas asseguram aquilo que, qualquer um de nós consegue ver lá em casa, sem precisar de grandes especializações em psicologia infantil. As crianças menores de 10 anos são tendencialmente mais apegadas à mãe e, por isso mesmo, necessitam de mais atenção por parte delas.

3. Dá para evitar?
Sim, porque o ataque de birra começa muito antes dos berros e do choro. É uma manha, um pedido que não pode ser realizado, um lugar muito agitado e cheio de gente ou sono, cansaço etc. Quando os primeiros sinais surgirem, é hora de negociar, levando em conta a idade da criança.

4. Como lidar com o ataque?
Infelizmente, não existe uma fórmula infalível. Tudo depende da criança, da idade e da situação. Mas algumas dicas podem ajudar nesse desafio. Primeiro de tudo, pense se vale a pena entrar nessa batalha com seu filho. Ele realmente está exagerando? Está pedindo algo que já tem, ou está irritado, com sono ou fome, está calor demais? Muitas vezes, eles precisam de um lugar mais tranquilo para dormir ou se alimentar, ou simplesmente estar.

5. Espaço para a rotina
Criança precisa de rotina, gosta de saber o que vai acontecer, o que pode e não pode fazer. Dá segurança e é transmissão de afeto. Isso vale para as situações mais cotidianas, como tomar banho, jantar e ir para a escola. Para isso acontecer, a família toda precisa se organizar. É como confundir a criança quanto aos valores da família: consegue imaginar como seria caótico um lar em que o certo e o errado se misturam? Para manter as regras é fundamental também facilitar para que elas sejam cumpridas: se você quer que ele sempre se comporte em um lugar público, não vai deixá-lo horas sentado em um restaurante cheio ou esperar que ele fique calminho em uma fila de banco, não?

6. Valorize o não
OK, você já sabe a importância de falar 'não' para que seu filho aprenda a amadurecer e perceba que não terá tudo sempre à mão quando pedir. “Crianças que nunca são contrariadas acabam se tornando adultos irritados, agressivos e até infelizes. Afinal o mundo não dará somente o sim incondicional que os pais sempre disseram”, explica a psicanalista infantil Anne Lise Scapaticci. E justamente por seus bons efeitos, a palavrinha não deve ser desperdiçada em situações completamente desnecessárias. Quando usado sem moderação, o não perde força e convida à desobediência.

7. Acerte no castigo
Não adianta punir crianças menores de 2 anos. Elas não têm maturidade suficiente para perceber que fizeram uma coisa errada, muito menos que estão pagando por isso. Mas, por exemplo, se ela joga um brinquedo no chão ou em alguém e você tira o brinquedo, já pode ser um castigo para ela. Quando a criança é maior, vale excluir algo importante para a criança, como o clássico “ficar sem TV”. “Castigos, quando bem aplicados, atendem ao senso de justiça que todas as crianças têm. A falta de punição, pelo contrário, as desorienta. Um olhar quieto e sério para um filho é um tipo de punição particularmente eficaz. O objetivo da punição é incomodar”, afirma o psicanalista Francisco Daudt da Veiga.

Para ser educativo, a criança precisa entender a relação entre o que fez e a consequência. A punição deve acontecer no mesmo momento, pois as crianças têm uma visão imediatista: ainda não aprenderam a pensar a longo prazo. Ou seja, depois de algum tempo, não sabem por que estão sendo castigados, esqueceram da birra e da importância que demos a ela.
E não é muito repetir: não estamos falando de palmada, beliscão ou tapa. Isso tudo está mesmo fora de cogitação.

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Fontes: Anne Lise Scapaticci, psicanalista infantil (SP), Silvana Rabello, psicóloga, Simone Savaya, psicóloga infantil (SP), Guillermo Ballenato, psicólogo espanhol, José Martins Filho, professor de Pediatria da Unicamp (SP), Ivan Roberto Capelatto, psicólogo e psicoterapeuta (SP), Teresa Bonumá, psicoterapeuta familiar (SP). Oscar Daniel 

24/09/2018

O brasil, e a crise econômica e ética do País acaba influenciando o estresse e a ansiedade.




A crise econômica e ética do País acaba influenciando o estresse e a ansiedade.

"Minha vida está muito corrida". 

A frase é a justificativa de muitas pessoas para ficar sempre de olho no relógio ou para faltar a eventos por "estar sem tempo". Porém, esse "costume", quando constante e demasiado, pode ser tornar uma síndrome se o indivíduo não diminuir o ritmo. Estudo realizado pelo Isma-BR (International Stress Management Association do Brasil) em 2015 mostra que a síndrome da pressa já atinge cerca de 30% dos brasileiros. O Psicólogo alerta que é preciso buscar o equilíbrio, identificando os momentos que realmente precisam de aceleração.


Apesar de contar com pesquisas a respeito, o transtorno não está na classificação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. A síndrome da pressa pode ser usada para caracterizar pessoas muito ansiosas, que "lutam contra o tempo". "Isso é resultado da angústia humana, de viver um tempo limitado entre o nascimento e a morte e de 'experienciar' que nossos desejos não têm limites e que não conseguiremos fazer tudo que desejamos". 



No contexto de um mundo cada vez mais conectado e de cobranças, a síndrome acabou se tornando um mal do mundo moderno. "As pessoas esqueceram das boas relações interpessoais para viver correndo atrás do dinheiro e do sucesso. Com isso, escolhem uma vida com muito estresse, podendo desenvolver doenças e até morrer cedo. A pessoa que apresenta um falso self (eu) perdeu-se de si mesmo, por isso entra em compulsão, tentando preencher os vazios sem perceber que isso não será com trabalho, compras em excesso ou bebida em excesso", elenca.

SINAIS 

A pessoa com a síndrome da pressa apresenta sinais que diferem da celeridade do dia a dia. Algumas das características são hostilidade, tensão e impaciência. "Quem está vivendo essa síndrome tem muita insegurança, dificuldade de se relacionar com o outro. Pode chegar até um nível de pânico, desenvolver a síndrome de Burnout, apresentar problemas cardiovasculares, gastrite e problemas intestinais", esplica a coordenadora do curso de Psicologia da UniFil. 

A especialista adverte que o transtorno pode começar na fase infantil, por isso os pais precisam ter atenção. "O que ocorre é que os pais já fazem agendas para seus filhos desde que são crianças para não perderem tempo. Enchem a agenda com 'mil' atividades que acham importantes para a educação deles, cobram rapidez e perfeição, transmitindo uma ansiedade desnecessária. Criança precisa brincar. Só assim desenvolverá sua criatividade e autonomia." 

EQUILÍBRIO 

Uma das medidas para não ter uma vida baseada na pressa é encontrar o equilíbrio, identificando os momentos que verdadeiramente precisam de aceleração. "Não vamos realizar tudo que queremos, por isto precisamos fazer escolhas e procurar uma boa relação com a família e amigos. No lugar da competição, precisamos de cooperação. Necessitamos de mais calma e harmonia e acionar muitas vezes nosso sistema nervoso parassimpático para relaxarmos, por isto, música suave na hora das refeições ajuda", sugere a doutora em psicologia clínica. 

Caso a síndrome persista, entre as saídas estão a psicoterapia, que tem o intuito de "editar" e "reeditar" o que foi mal assimilado. A psicologia analítica ajuda na integração das partes reprimidas no inconsciente, levando a pessoa a uma maior completude e a deasenvolver sabedoria. 

ESTRESSE 

A síndrome da pressa está estritamente ligada ao estresse, só que em níveis constantes e não apenas como um mecanismo fisiológico do organismo. "Se a pessoa tem um desafio grande, mas possui estratégias de enfrentamento e consegue dar conta disso, ela também conseguirá dar conta do estresse. Já se não tem as estratégias, ela não consegue superar o estresse e desestabiliza o organismo", especifica Marilda Lipp, PhD em psicologia e diretora do IPCS (Instituto de Psicologia e Controle do Stress). "A pressa acelera o organismo e cria estado de tensão", completa. 



Segundo a profissional, a vulnerabilidade do indivíduo vai determinar se o estresse está deixando de ser algo normal para se tornar um problema. "Gera não só problemas físicos, mas também mentais. A pessoa fica sempre irritada, pouco tolerante, difícil de se relacionar, não dorme direito. Ainda pode gerar pressão alta", indica. 



Levantamento desenvolvido pelo IPCS, que tem sede em São Paulo, ouvindo aproximadamente dois mil brasileiros, mostrou que 34% dos entrevistados já passaram pelo estresse extremo. O percentual é um recorte, mas visto como uma tendência. "A crise que o País atravessa acaba influenciando, seja a econômica ou a de ética."




23/09/2018

Adolescência: BBC divulga, como a adolescência molda nossa personalidade

Meus filhos gêmeos de quatro anos são parecidos em muitos aspectos. Ambos são sociáveis, levados e amorosos. Mas já é possível notar algumas diferenças entre eles.


O menino, por exemplo, é mais consciente em relação ao tempo e muito curioso sobre o futuro. A menina, por sua vez, se mostra mais determinada a se virar sozinha.Como psicólogo especializado em personalidade (e como pai), me fascina acompanhar o surgimento e desenvolvimento das particularidades de cada um.

Por que a personalidade das pessoas muda (muitas vezes para pior) nas redes sociais?
Quantas horas por dia as crianças e os adolescentes precisam dormir?

É claro que ainda é cedo, e embora nossa personalidade tenha raízes na infância, sei que haverá muitas mudanças pela frente, principalmente quando eles entrarem na puberdade.A adolescência é uma fase de transformações rápidas. Não é à toa que a neurocientista cognitiva britânica Sarah-Jayne Blakemore, especialista em cérebro adolescente, descreveu recentemente o desafio dessa etapa do desenvolvimento humano como "uma tempestade perfeita", graças ao aumento súbito e simultâneo de "alterações hormonais, neurais, sociais e de pressões da vida". À lista, ela poderia perfeitamente ter acrescentado "mudanças de personalidade".
Ao longo da infância, nossa personalidade e temperamento se consolidam à medida que adotamos um modo de pensar, agir e sentir mais consistente. A solidificação da personalidade volta a ser reforçada novamente no fim da adolescência até a chegada da idade adulta.
Mudanças desencadeadas pela puberdade podem influenciar nosso comportamento no futuro. Mas, na fase intermediária - ou seja, na adolescência -, essa tendência é interrompida. O caleidoscópio da personalidade é chacoalhado, e onde as peças vão se posicionar é profundamente importante. Estudos de longo prazo mostram que características que surgem durante a adolescência anteveem uma série de acontecimentos no decorrer da vida, incluindo sucesso acadêmico e risco de desemprego.
As pesquisas sobre o tema ainda são incipientes, mas as possíveis conclusões são instigantes e relevantes. Ao entender mais sobre as forças que moldam a personalidade dos adolescentes, podemos possivelmente intervir e ajudá-los a trilhar um caminho mais saudável e bem-sucedido.
A mudança de personalidade não é exclusiva da adolescência. Se você diminuir um pouco o zoom e olhar para da vida toda, vai observar que há, em geral, um aumento nos traços de personalidade desejáveis - menos angústia, maior autocontrole, cabeça menos fechada, mais simpatia.


Os psicólogos chamam isso de "princípio da maturidade". Se você tem 20 e poucos anos, é inseguro e ansioso, pode ser reconfortante saber que, pelo padrão, ao envelhecer, você vai ficar mais tranquilo.
Mudanças de humor e estresse desencadeados pela puberdade podem influenciar nosso comportamento no futuro. Não se pode dizer o mesmo, no entanto, sobre os pré-adolescentes, porque nessa fase entra em ação algo conhecido como a "hipótese da ruptura".
Considere um estudo realizado com milhares de adolescentes holandeses - durante a pesquisa, que teve início em 2005, eles foram submetidos desde os 12 anos a testes de personalidade anuais, por um período de seis ou sete anos. No início da puberdade, os meninos apresentaram uma redução temporária da conscienciosidade (organização e autodisciplina), enquanto as meninas manifestaram um aumento transitório do neuroticismo (instabilidade emocional).
O resultado parece reforçar os estereótipos sobre adolescentes - quartos bagunçados e oscilações de humor. Mas, felizmente, esse retrocesso na personalidade é de curta duração, e os dados holandeses mostram que as características positivas prévias dos jovens são resgatadas no fim da adolescência.
Tanto os pais quanto os filhos concordam que ocorrem mudanças nessa fase. Mas, surpreendentemente, as alterações percebidas podem depender do ponto de vista. É o que mostrou um estudo de 2017 realizado com mais de 2,7 mil adolescentes alemães. Os jovens avaliaram a própria personalidade em dois momentos, aos 11 e aos 14 anos. Em ambas as ocasiões, os pais também analisaram a personalidade dos filhos.
Algumas diferenças foram reveladas: os adolescentes notaram, por exemplo, uma redução no grau de amabilidade, mas os pais consideravam esse declínio muito mais acentuado. Além disso, os jovens se achavam cada vez mais extrovertidos, enquanto os pais acreditavam que eles estavam mais introvertidos.
"Os pais, de uma maneira geral, observaram que os filhos estavam menos agradáveis", interpretaram os pesquisadores. E, ao mesmo tempo, classificaram a redução da conscienciosidade dos adolescentes com menos rigor que os jovens.
Pesquisas mostram que características vantajosas diminuem temporariamente na adolescência. A divergência pode parecer a princípio contraditória. Mas talvez possa ser explicada pelas grandes mudanças no relacionamento entre pais e filhos, desencadeadas pela demanda crescente dos adolescentes por autonomia e privacidade. Os pesquisadores ressaltam ainda que eles podem estar usando parâmetros distintos. Enquanto os pais avaliam as características dos filhos em relação a um adulto, os jovens se comparam aos colegas.
O resultado vai na mesma linha de vários outros estudos, que também identificaram um padrão de redução transitória das características vantajosas (especialmente amabilidade e autodisciplina) no início da puberdade. A visão geral da adolescência como uma "ruptura" temporária da personalidade parece, portanto, correta. Além disso, na pesquisa alemã, pais e filhos concordaram que a amabilidade tinha diminuído, apenas discordaram sobre quanto.
Naturalmente, esses são estudos de longo prazo que analisam as mudanças de personalidade comuns entre adolescentes. Esse tipo de dado no âmbito de grupos mascara a quantidade de variação individual que existe de um adolescente para outro. Na verdade, estamos apenas começando a entender a intrincada mistura de fatores genéticos e ambientais que contribuem para os padrões individuais de mudança de personalidade.
O cérebro adolescente é um bom ponto de partida. Nas últimas duas décadas, Sarah-Jayne Blakemore e outros especialistas mostraram como o desenvolvimento dos jovens é marcado por importantes mudanças no cérebro, incluindo uma "poda" do excesso de massa cinzenta, associada à aprendizagem.
Esse fator poderia contribuir para os padrões de mudança da personalidade na adolescência, de acordo com um estudo norueguês de 2018, baseado em imagens cerebrais. Os pesquisadores examinaram os cérebros de dezenas de jovens duas vezes, ao longo de um período de dois anos e meio, e pediram que os pais avaliassem as personalidades dos filhos em ambas as ocasiões.
Eles descobriram que quem tinha pontuações mais altas em termos de conscienciosidade apresentava uma taxa maior de afinamento da área cortical em várias regiões do cérebro - sinal de uma "poda" mais eficiente da massa cinzenta e maior maturidade. O mesmo foi observado em relação às avaliações mais altas no quesito estabilidade emocional.
Essa linha de pesquisa ainda é nova, mas, segundo os cientistas, os resultados sugerem que "grandes variações individuais nos traços de personalidade podem estar parcialmente relacionadas à maturação cortical durante a adolescência". Em outras palavras, a forma como a nossa massa cinzenta muda na adolescência pode afetar a maneira como nos sentimos e nos comportamos.
É claro que fatores externos, como situações de estresse ou adversidade, também estão intrinsecamente ligados a qualquer mudança de personalidade nessa fase. E é evidente que ser adolescente traz ansiedade. No entanto, pesquisas mostram que determinados tipos de estresse podem ter impacto sobre mudanças específicas de personalidade.
Em um estudo publicado em 2017, que contou com a cooperação de voluntários americanos, cientistas avaliaram a personalidade dos participantes, com idades entre oito e 12 anos, e repetiram o procedimento três, sete e dez anos depois. Em paralelo, os voluntários registraram experiências estressantes ou adversas que vivenciaram na adolescência.
A pesquisa mostrou que situações de adversidade que estavam fora do controle dos participantes - como o divórcio dos pais ou um acidente de trânsito - foram associadas ao aumento da instabilidade emocional ao longo do tempo, tanto na adolescência quanto na idade adulta.
Tipo de estresse vivido na adolescência pode desencadear mudanças específicas de personalidade.
Já quando o estresse estava diretamente relacionado às atitudes ou decisões dos participantes - como o mau comportamento que leva à expulsão da escola - teve um efeito maior na personalidade. Foi registrado não só um aumento do neuroticismo (a instabilidade emocional), mas uma diminuição da conscienciosidade e da amabilidade com o passar dos anos.
Os pesquisadores acreditam que adversidades geradas pelas ações de um jovem podem ser consideradas mais estressantes, prejudicando assim o desenvolvimento da personalidade dele.
Isso sugere que oferecer suporte emocional adequado aos adolescentes - especialmente aos que passam por situações de estresse - pode ajudar a combater um ciclo de mudança negativa de personalidade.
Mas nem tudo é prejudicial. Há pesquisas que apontam consequências benéficas das mudanças de personalidade dos adolescentes.
Um estudo suíço de 2013 mostra, por exemplo, que o processo de afirmação da "identidade" dos jovens - como perceber que podem agir de forma autêntica; ter o controle da própria vida e saber o que se espera deles - está associado ao desenvolvimento positivo da personalidade ao longo do tempo, incluindo maior estabilidade emocional e conscienciosidade.
Outro estudo revelou, por sua vez, uma ligação entre a autoconfiança na escola e o desenvolvimento positivo da personalidade.
Descobertas como essas são animadoras porque oferecem pistas de como podemos criar ambientes mais estimulantes para os adolescentes, a fim de ajudar no desenvolvimento de sua personalidade. Uma abordagem em que vale a pena investir, já que os traços da personalidade na adolescência são preditivos de experiências posteriores.
Por exemplo, um estudo britânico com mais de 4 mil adolescentes mostrou que aqueles que apresentaram uma avaliação baixa em conscienciosidade eram duas vezes mais propensos a ficar desempregados no futuro, em comparação com quem conseguiu pontuações altas no mesmo quesito.
Nós nos concentramos muito em fazer com que os adolescentes estudem e passem no vestibular. Mas talvez devêssemos focar também em ajudar a cultivar suas personalidades. Pensando nos meus gêmeos, essa é uma área de pesquisa que quero acompanhar de perto.


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Fonte: BBC Brasil.

20/09/2018

Psicólogo é para Loucos?


O Psicólogo, este profissional dedicado a criar espaços para se pensar e promover a saúde mental. A psicologia é ainda jovem entre muitas outras ciências, mas nunca se precisou tanto dela quanto hoje em dia. Ela é também muito mal compreendida e sofre inúmeros preconceitos. Quando uma pessoa, por exemplo, quebra uma perna ou sofrer de alguma enfermidade orgânica, todos reconhecem a necessidade de cuidados terapêuticos. Ninguém irá olhar para uma pessoa necessitada de cuidados médicos com desdém ou classificará sua enfermidade como “frescura”. Contudo, isto é o que ocorre quando o sofrimento do outro é de dimensão subjetiva.


Quando alguém sofre psiquicamente, além de ter que lidar com a dor em si, tem que lidar com o preconceito de pessoas que consideram o sofrimento subjetivo irrelevante ou de menor tamanho. Como se pudesse ser deixado de lado e, assim, passasse sozinho. Existem, inclusive, pessoas que classificam quem sofre psicologicamente como fraco, sem nenhuma força de vontade. Só que a falta da saúde mental faz muito mal e traz vários prejuízos para a vida da pessoa e para quem está ao redor. Quem sofre psicologicamente não vive bem. Pode até ter condições materiais boas e apropriadas, contar com familiares carinhosos e amigos prestativos, ter muitas boas oportunidades abertas, mas de nada adianta tudo isso se a mente não está bem porque, no fim, é ela que vai nos possibilitar ou não aproveitarmos a vida. É a mente que dá o tom de como nossas experiências ao longo do tempo serão digeridas. Portanto, uma mente adoecida, sofrendo além da conta, não tem como favorecer uma qualidade de vida e toda a vida será experimentada como pesada, sem sentido e sem graça. A vida torna-se intolerável. 

Quantas pessoas vocês conhecem que têm todas as condições para estarem bem e serem felizes, mas levam vidas miseráveis? Caindo sempre nas mesmas angústias, nos mesmos erros, atitudes e repetições? Com certeza todos vocês ao menos conhecem alguém assim, se não até muitas pessoas assim. Não tenham dúvidas de que é a mente que nos permite enxergar a vida com bons ou maus olhos. Sabendo disso, fica nítido que saúde mental não é brincadeira. 
Há muitas abordagens dentro da psicologia, muitas maneiras de se ver a vida e lidar com ela. Há sempre alguma que fará sentido em algum ponto. No entanto, qualquer que seja a abordagem ou linha teórica escolhida, o profissional da psicologia deve cuidar de seu bem mais precioso, tanto para o próprio trabalho quanto para a vida: a sua mente. O profissional que não se conhece não tem como ajudar outros a se conhecerem. Seria o mesmo que um cego guiando outro cego em beiras de precipícios. Para quem pratica a psicologia, psicoterapia, psicanálise etc., conhecer-se é fundamental. Se o profissional não aprender a escutar as suas angústias, medos e desejos, resistirá a conhecer esses conteúdos na pessoa que atende e acabará por fugir ou evitar a relação terapêutica transformadora. 


Porque mexer no mundo interno nunca é fácil, porém, faz-se necessário se queremos aprender a viver bem. Quem se submete à psicoterapia aprende uma das mais importantes lições deste mundo: compreender que alguns sofrimentos são inevitáveis e nada podemos fazer a não ser aceitar, mas que há outros que temos como evitar e dispensar. Em outras palavras, a psicologia nos ensina que podemos viver com mais qualidade aprendendo a escolher melhor onde nos predispomos a estar e a abrir mão de alguns sofrimentos desnecessários. Está ou não faltando saúde mental no mundo? Psicoterapia e para todos, busque o conhecimento de si, agende sua terapia com o Psicólogo Matheus Silva. Atendimentos na clínica Bem Estar todas as terças-feiras, Rua 2 de Julho logo após a Caixa Econômica Federal. Ipiaú – Bahia.  


19/09/2018

Entrevista ao IPIAÚ ONLINE sobre suicídio





Entrevista com o Psicólogo  Matheus de Oliveira Silva CRP: 03/18092. O psicólogo atua com terapia analítica e é pós-graduando. Realiza atendimento a Adultos e Adolescentes.
Também fez parte do projeto Multifacespsi, como profissional no trabalho social, desenvolvendo análises clínicas e aplicando testes psicológicos, além de realizar cursos.
O psicólogo Matheus recebeu a reportagem do IPIAÚ ONLINE, para falar sobre as principais causas e cuidados que levam uma pessoa a atentar contra a própria vida. Ele também diz como familiares e amigos podem identificar sinais de transtornos que podem levar a morte.
Confira:
Ipiaú Online: O que é o Setembro Amarelo?
Psicólogo Matheus Silva: É a quebra do tabu a respeito do tema. É uma campanha Nacional que o Conselho Federal de Psicologia apóia. A campanha foi criada no Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). O Setembro Amarelo realizou as primeiras atividades em 2014 concentradas em Brasília, e hoje já esta a nível nacional. È um espaço onde a sociedade pode discutir o tema suicídio, falar das tristezas e da depressão e é simbolizado com a iluminação de prédios públicos e pontos turísticos com a cor amarela.
Ipiaú Online: O que leva uma pessoa a cometer o suicídio?
Psicólogo Matheus Silva: Não há uma causa especifica, mais é importante considerar o histórico de vida do sujeito. Entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica. Porém, tais aspectos não podem ser considerados de forma isolada e cada caso deve ser tratado no Sistema Único de Saúde conforme um projeto terapêutico individual. O estado emocional é o que leva uma pessoa a cometer o suicídio, a questão social, e de como se dar a relação dessa pessoa com a comunidade, a questão do reconhecimento social de um sujeito é fundamental. O que chamamos de autoestima é o que também faz com que a pessoa venha lutar pela vida e não venha cometer o suicídio.
Ipiaú Online: Como podemos identificar, e quais os dados relacionados ao suicídio?
Psicólogo Matheus Silva: É um problema de saúde publica, temos que pensar no nível social e individual, o que leva o sujeito a se matar. Ao perceber que alguém esta se comportando de forma deferente, temos que ter a sensibilidade de ouvir o discurso dessas pessoas, temos que ter atenção aos sinais de tristeza grande, sinais de vazio na vida, as pessoas que começam a pensar em suicídio perdem o prazer pela vida, para de investir na vida. São pessoa que não falam de seus sentimentos, ai ta a importância de termos atenção as mudanças de comportamento e as pessoas fechadas, ressaltando que tem pessoas que são mais introvertidas e segundo Jung e uma forma de caráter. Segundo este teórico existe dois tipos de pessoa, a introvertida e extrovertida. Contudo, o importante é dar atenção e ouvir o sujeito em sofrimento. Falar é o melhor, e procurar ajuda profissional especializado. Dados do Ministério da saúde (MS) em um diagnóstico publicado em 2017 registrou entre 2011 e 2016, 62.804 mortes por suicídio, a maioria (62%) por enforcamento. Do total de tentativas no sexo masculino, 31,1% tinham entre 20 e 29 anos. Além disso, 58% dos homens e mulheres que tentaram suicídio utilizaram substâncias que provocaram envenenamento ou intoxicação.
Ipiaú Online: Como tratar?
Psicólogo Matheus Silva: As práxis da psicologia é a prevenção, falar do suicídio é o ponto importante, mas nós da sociedade podemos ajudar para que mais mortes sejam evitadas. O que sabemos é que quanto mais falamos sobre o tema mais esclarecemos as dúvidas e tabus, e mais conscientizaremos a população sobre a prevenção ao suicídio. Hoje aqui estamos fazendo um papel importante, que é discutir e expor o tema através dessa entrevista. E todos podem fazer essa prevenção, se você sabe ou consegue perceber alguém que está em sofrimento, escute-a, suicídio não é bobagem ou frescura, é coisa séria e se a pessoa pensou nessa possibilidade é porque algo em sua vida não vai bem! Encaminhe a profissionais especializados que podem ser: psicólogos, psiquiatras, médicos, enfermeiros etc. Para que a pessoa receba cuidados e orientações sobre o que está sentido. Falar é a melhor solução!
Ipiaú Online: É possível evitar que alguém próximo cometa o suicídio? Como os familiares e a comunidade podem ajudar?
 Psicólogo Matheus Silva: Como já disse podemos atuar de diversas formas, ao perceber comportamentos de nossos familiares e amigos que não condizentes do habitual, ao ouvir o sujeito e ao encaminhar ao um especialista. Os serviços de assistência psicossocial têm papel fundamental na prevenção do suicídio. O Boletim da (MS) apontou que nos locais onde existem Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), uma iniciativa do SUS, o risco de suicídio reduz em até 14%. Outro ponto para ampliar o atendimento é a parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV). O Ministério da Saúde tornou gratuita a ligação para fazer o apoio emocional por para prevenção de suicídios, sendo o numero importante e gratuito no território nacional, é um espaço de acolhimento e de encaminhamento da pessoa com sofrimento e ideações suicida, o numero 188. Ao se deparar com uma situação tenha uma postura com mais iniciativa. Trate de liderar esse passo tão crucial: “quero ajudá-lo e, por isso, vou agendar uma consulta com um profissional da saúde para você. Se preferir, vou gostar de acompanhá-lo neste momento”. Este apoio é crucial.
Ipiaú Online: Crianças que tem comportamentos agitados, que não tem comportamento e educação adequada podem ter esse problema?
Psicólogo Matheus Silva: Sim, não tem uma origem para a ocorrência em crianças/adolescentes que queiram acabar com a própria vida. As ultimas pesquisam apontam que tem crescido o numero de suicídio na faixa etária de 15 a 29 anos, o suicídio é maior entre os homens, cuja taxa é de 9 mortes por 100 mil habitantes. Entre as mulheres, o índice é quase quatro vezes menor (2,4 por 100 mil). Estou em um projeto social onde atendemos as crianças de uma instituição escolar onde já encontramos casos de tentativas de suicídio. É nessa fase da vida, as pessoas se dão conta de que o mundo “é um lugar muito sem fantasia, sem esperança”, o que pode gerar o desespero. “É um desânimo típica da adolescência, você se dá conta do peso do mal estar no mundo, e isso varia conforme o ambiente político e cultural”, o Brasil e vários países do mundo experimentam momentos de expectativas pessimistas o que não é um ambiente favorável.
Ipiaú Online: Como um psicólogo pode ajudar?
Psicólogo Matheus Silva: O conhecimento de si é importante, e buscar um profissional especializado, psicólogo, psiquiatra ou profissionais da área de saúde. O psicólogo tem seu papel fundamental, é na psicoterapia que podemos ajudar a pessoa com pensamentos suicidas, na relação psicoterápica o sigilo é essencial, porque possibilita ao paciente falar de sua intimidade na certeza de que será respeitado e protegido no que se refere à manutenção do que é confidencial. Há casos em que o sigilo precisa ser rompido, como é o caso do suicídio, daí a importância de contratos terapêuticos claros. Profissionais de saúde têm como objetivo maior salvar vidas. Na clínica junguiana, a análise não tem por objetivo promover adaptação social ou julgamentos. O Psicólogo mantém a objetividade, entendida não no sentido de separação entre sujeito e objeto, e sim de abertura ao outro, sem dirigi-lo orientado por suas próprias crenças e valores éticos, já que analista e sujeito poderão ter pontos de vistas diferentes. A investigação analítica tem como objetivo compreender a intenção ou o ato suicida e não perdoar, condenar ou emitir julgamentos. Para se proteger a vida e prevenir o suicídio, há várias práticas para “normalizar” o sofredor. Embora pareça contrário ao senso comum e à prática médica, o autor Hillman diz que: “caso se defenda a vida psicológica, como deve fazer o analista, pode ser que se tenha que frustrar a vida física”.
Ipiaú Online: Para finalizar, suas considerações finais.
Psicólogo Matheus Silva: Quero primeiramente agradecer a oportunidade de falar desse tema importante. Um ponto importante, as pessoas não tenham medo de falar daquilo que estão sentindo, muitas vezes por medo as pessoas vão se fechando, vão se isolando e se retirando do convívio do contato e da possibilidade de falar e serem ouvidas. A escuta é fundamental, é importante falar, mas o ponto importante e que a pessoa escute o que se ta sendo falado, se antena no que esta sendo falado, vale tanto para quem ta sentindo como vale para quem escuta, tanto no âmbito familiar como no âmbito profissional. Que possa contar com alguém para falar. É ajudar esta pessoa em sofrimento no direcionamento ao profissional psicólogo especialista em lidar a subjetividade humana.

Fonte:  Ipiaú Online.

12/09/2018

Suicídio: um tema para todas as profissões da saúde

Iniciamos o mês de setembro com o alerta para a prevenção ao suicídio. O tema é complexo e considerado tabu em diversas sociedades, não sendo discutido abertamente e muitas vezes silenciado. Ao ser considerado como um problema do sujeito individual, não é reconhecido como questão de saúde pública. Em função disso, as ações voltadas à prevenção não ocorrem de forma adequada, muitas vezes sem considerar a natureza multideterminada do fenômeno e a garantia de aporte multi e interdisciplinar.
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O Conselho Federal de Psicologia (CFP) compreende que o papel de cada profissão da saúde é fundamental no auxílio aos indivíduos em qualquer condição de sofrimento mental, bem como nos respectivos processos de avaliação e intervenção.
Dados recentes apontam que, a cada ano, cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio e um número ainda maior de indivíduos atenta contra a própria vida. O suicídio foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo no ano de 2015. Pesquisas evidenciam que 78% dos suicídios ocorreram em países de baixa e média renda. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam o Brasil como oitavo país do mundo em suicídios. Também se constatam taxas elevadas de suicídio em grupos vulneráveis que sofrem discriminação, como refugiados e migrantes; indígenas; lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI); assim como entre pessoas privadas de liberdade.
Esse cenário estatístico preocupante motivou a OMS a colocar o tema como prioridade na agenda global de saúde pública, incentivando os países a adotarem estratégias de prevenção com abordagem multisetorial, de forma a quebrar estigmas e tabus que ainda persistem. O primeiro relatório sobre suicídio da OMS “Prevenção do suicídio: um imperativo global”, publicado em 2014, tem como objetivo conscientizar sobre a importância da atenção ao suicídio e às tentativas de suicídio para a saúde pública e de fazer da prevenção uma alta prioridade na agenda global de saúde pública. O documento incentiva e apoia os países a desenvolverem ou reforçarem estratégias de prevenção em uma perspectiva interprofissional e multisetorial.
O assunto também é uma das condições prioritárias do “Mental Health Gap Action Programme/mhGAP”, programa de saúde mental da OMS, que fornece aos países orientação técnica baseada em fundamentos científicos para ampliar a prestação de serviços e cuidados para transtornos mentais e de uso de substâncias. No Plano de Ação de Saúde Mental 2013-2020, os Estados-Membros da OMS comprometeram-se a trabalhar o objetivo global de reduzir as taxas de suicídios dos países em 10% até 2020.
Constata-se ainda que o uso de psicotrópicos nos últimos anostem sido crescente e que o índice de medicalização, particularmente no Brasil, é expressivo. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia, o país está entre os dez que mais consomem medicamentos no mundo. Também cabe destacar que atualmente muitas situações cotidianas vêm sendo patologizadas, o que retrata o crescente processo de medicalização da vida, transformando toda e qualquer dimensão social em uma dimensão exclusivamente orgânica.
Apesar dos dados apontarem para uma sociedade altamente medicalizada, o número de casos de suicídio vem aumentando de forma alarmante, evidenciando uma incoerência: o alto quantitativo de indivíduos que fazem o uso de medicação não corresponde a uma baixa no quantitativo de pessoas que apresentam ideação suicida. Embora a medicação possa constituir-se parte importante do tratamento, é necessário compreender que o seu uso, por si só, não equivale a um tratamento completo para o sujeito em sofrimento. Ao contrário, o uso inadequado ou indiscriminado de medicamentos pode resultar em graves consequências à saúde dos usuários, ou ainda levar à dependência.
No panorama sobre o suicídio, há de se refletir, ainda, que o atual cenário político aponta para um retrocesso no Plano Nacional de Saúde Mental, ensejando um retorno à lógica manicomial e medicalizante, que vai de encontro a uma série de conquistas já implementadas no âmbito da Reforma Psiquiátrica Brasileira e mundial. O movimento possibilitou o redirecionamento do modelo de Atenção à Saúde Mental, transferindo o foco do tratamento que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos. Em contrapartida, as alterações recentemente implementadas têm reorientado as políticas públicas, cada vez mais, para a alienação e o asilamento, retirando das pessoas que sofrem com os agravos à saúde mental seus direitos fundamentais.
Cabe ao CFP defender a seriedade dos tratamentos de saúde mental a partir de todo o escopo teórico já acumulado pela Psicologia e outras profissões relacionadas, visando a implementação tratamentos efetivos e em consonância com a evolução de pesquisas científicas realizadas em todo o mundo.
Tendo por base o respeito aos Direitos Humanos, à liberdade e à cidadania, no âmbito do comprometimento ético, o Conselho tem atuado em defesa de um tratamento humanizado das pessoas com sofrimento mental, rememorando que, como cidadãs, estas têm direitos fundamentais à liberdade, a viver em sociedade, bem como ao cuidado e tratamento adequados.
Para esta Autarquia, a atuação de psicólogas e psicólogos na prevenção ao suicídio deve extrapolar as intervenções estritamente individuais e buscar a compreensão das condições de vida que podem contribuir para produzir sofrimentos mentais intensos. O papel da Psicologia é acolher e ressignificar esses sofrimentos, a partir do entendimento de como são produzidos nas instâncias sociais, históricas e culturais, sempre em diálogo com outros campos do saber.
O profissional de Psicologia, além de ter sua atuação sempre pautada pela observância ao Código de Ética Profissional do Psicólogo e às demais normativas correlatas à profissão, também deve considerar a autonomia, o campo de atuação e a delimitação das especificidades de outras profissões, procedendo, sempre que for necessário, o direcionamento das respectivas demandas às (aos) profissionais habilitadas (os), nos casos que extrapolem seu campo de atuação, isto de forma a zelar pela saúde física e mental das pessoas atendidas.
Por fim, enfatizamos o compromisso ético de todas as profissões da saúde com a promoção do desenvolvimento e bem-estar da população.

Fonte: CFP

10/09/2018

Psicólogo em Ipiaú - Bahia


Procurando por psicólogo pela primeira vez?
Está se perguntando se um psicólogo pode ajudá-lo?


Talvez você venha se questionando há algum tempo se deveria começar a fazer terapia e finalmente concluiu que vai experimentar. Talvez você tenha começado a se questionar se é melhor procurar ajuda terapêutica para saber melhor como lidar com suas queixas. Talvez você esteja procurando um psicólogo porque entenda que um parente próximo esteja precisando de ajuda e quer indicar um terapeuta. Ou simplesmente queira aumentar o nível de seu auto-conhecimento.

Independentemente do motivo pelo qual você chegou até aqui, o primeiro passo já foi tomado. Agora é encontrar um psicólogo com quem você tenha empatia, tirar dúvidas e entender melhor como funciona.

Terapia para Adultos

Por que não procurar a ajuda de um profissional da psicologia para tornar fácil e rápida a superação da queixa que atualmente lhe incomoda? O dia a dia cada vez mais atribulado tem lavado muitas pessoas aos consultórios de psicologia para receber ajuda e orientação para melhor lidarem com suas questões e queixas, seja por questões no ambiente de trabalho ou profissional, relacionamento conjugal, ansiedade, estresse, autoconhecimento e entre outras variadas.
Psicólogos são treinados para ajuda-lo a trabalhar as suas queixas a fim de superá-las de forma mais rápida, menos cansativa e menos dolorida.


Terapia de Casal

Sempre há espaço para melhoras em qualquer relacionamento conjugal. Geralmente os casais procuram por um psicólogo não após um evento específico, mas sim geralmente após uma serie de eventos que vem desgastando a relação.
Eventualmente os parceiros percebem que se não fizerem nada com mais urgência, a relação poderá até mesmo chegar ao fim. Portanto, se você ou seu parceiro acredita que precisa de terapia de casal, então é bastante provável que o casal esteja precisando de fato.
Brigas constantes, preferir passar o tempo livre com outras pessoas que não o parceiro, discussões que beiram a falta de respeito e mentir sobre dinheiro são alguns dos sinais de que a terapia de casal poderá ajuda-los.
Quanto mais cedo o casal – ou até mesmo apenas um dos parceiros – procurar a ajuda de um profissional, mais rápido se espera a melhora o relacionamento.

Terapia para Crianças e Adolescentes

Ainda que a infância e adolescência sejam momentos únicos de experiências e descobertas, os desafios são inúmeros. Dificuldades de se relacionar com outras crianças ou colegas de escola, pressão dos familiares por melhorar suas notas escolares, teimosia, problemas quanto à alimentação e vários outros fatores, levam muitas vezes os pais a ficarem com dúvidas se estão conduzindo da melhor forma possível a educação dos seus filhos.
Se você está à procura de apoio e orientação adicional para essas situações desafiadoras, saiba que estaremos ansiosos por em ouvir o seu caso e orientar-lhe a achar a melhor solução para que seus objetivos e de seus filhos sejam alcançados.

Já fez terapia anteriormente e está pensado em retornar?

Se você já fez terapia então você sabe os procedimentos. Nesse caso sugerimos navegar pelo site para conhecer individualmente o psicólogo, entender a abordagem que aplica, ver a localização do consultório em Ipiaú, saber o valor das consultas com psicólogo e ver as fotos do consultório.
Você pode entrar em contato individualmente com o psicólogo.
Você pode também consultar os horários disponíveis na agenda do psicólogo e marcar uma sessão de terapia.



Saber o papel fundamental da psicoterapia é bastante importante. Na psicoterapia se trabalha diretamente as queixas associadas aos conflitos internos do individuo, que invariavelmente geram incômodos no cotidiano das pessoas e em seus respectivos relacionamentos. O profissional da psicologia vai à busca das origens das frustrações e dos incômodos, entendendo-os e os discutindo, com o objetivo de tornar a vida da pessoa mais fácil e confortável.

Existem várias abordagens na área da psicologia. Cada linha possui seus métodos e técnicas, cada qual com a sua importância. Mas o que se percebe como eficaz no processo psicoterapeutico é o engajamento do paciente e o vínculo criado com o psicólogo, relação essa baseada na empatia e confiança que sente pelo psicólogo.